quarta-feira, 5 de maio de 2010

Por que é que um “porquê” nunca tem uma resposta? Por mais que perguntemos nunca conseguimos encontrar aquilo que buscamos saber. E quando alguém nos responde, nunca é aquilo que gostaríamos de ouvir. Talvez isto aconteça para que, por nós próprios, consigamos sempre encontrar a forma mais racional dos problemas, ou talvez a verdade nunca queira sem totalmente descoberta para evitar desilusões mais profundas. Mas quando a verdade não é compreendida uma dor enorme invade o coração e teima em não sair. Por que haveremos nós de dizer a verdade se ela nos vale nos momentos mais angustiantes? Porque insistimos em dar explicações se não há compreensão? Pois, a verdadeira realidade é a verdade vale mais que todas as qualidades que possamos ter. Mais vale ser verdadeiro mesmo que magoe alguém, do que ocultar seja o que for, seja para quem for, seja em que ocasião for. A vida, apesar de curta já me ensinou uma coisa: Conta a verdade, mesmo que isso magoe, desiluda, chateie! Pois escondendo-a estás a tecer um novelo de tristeza, insegurança e constante intranquilidade, a tua vida não vai ter o mesmo encanto. Um dia, um fio desse novelo vai ser puxado e o novelo vai diminuir até ser nada, e esse nada é um coração vazio de confiança, de amor para dar, sobretudo verdadeiro. Resumindo, a verdade vale mais que mil explicações!
Por que é que nos preocupamos com aquilo que os outros pensam se somos nós que vivemos os momentos, que os sentimos? Por que é que havemos de deixar de os viver mais intensamente só porque temos medo que algum pormenor corra menos bem? Por que é que não aproveitamos ao máximo aquilo que nos faz feliz? Por que é que não pegamos nisso e guardamo-lo no nosso pensamento para que o possamos recordar quando as coisas não nos correm exactamente como queríamos? Por que não fazê-lo com convicção, agarrar bem nessas memórias e esborrachá-las contra a cara sempre que o fácil nos parece impossível, sem sequer tentar. Aquilo que de mau vivemos não tem como objectivo fazer nos chorar, ficar tristes ou preocupar nos; o verdadeiro objectivo é perceber o valor que devemos dar à felicidade. Àqueles momentos com um sorriso na boca, aquele sorriso mesmo mesmo feliz que só alguém mesmo especial é capaz de nos pintar, sim porque há sempre alguém mais especial, mais parecido connosco, alguém que nos transmite a pouca paz que somos capazes de ter, alguém com que nos sentimos nas nuvens, aquela sensação de leveza, aquela sensação de estarmos a flutuar numa cama de algodão abraçados a essa mesma pessoa, a esse anjo. É tão bom recordar. Recordar os beijos escaldantes e apaixonados, aqueles lentos e suaves, aqueles em que nem há movimento…
Recordar aquelas noites marcantes e tão importantes e especiais, aquelas que nos definem, aquelas que rezam a nossa história…
Recordar aqueles sorrisos envergonhados, aquelas olhares que insistiam em se cruzar como se a felicidade assim fosse encontrada, com os nossos olhos, de uma maneira tão instantânea que era bom de mais sentir o calor do teu olhar…
Recordar as palavras carinhosas, as palavras que me disseste com amor, aquelas que me fizeram sorrir sempre que me apetecia chorar, aquelas que me surpreenderam bastante por me mostrarem o quão especial és…
Recordar os momentos em que me disseste coisa que eu nunca esperava ouvir da boca de um rapaz, as coisas que me enfeitiçaram, as que me fizeram acreditar que para lá da lua também há encanto…
Recordar aqueles meus pensamentos que eram quase como gritos, saltos de alegria, por repetir para mm mesma que te Amo e que és espectacular…
Recordar o teu sorriso que me enaltece tanto o coração, torna o mais forte, mais resistente a tudo…é o melhor que me podes dar…
Recordar quando me dizes “tu mereces bem mais” ou “minha princesa”, é tão bom…
Recordar, aii uma coisa que me faz sentir não na lua, não no céu, não no paraíso, mas sim num lugar que eu desconheço mas muito melhor que estes todos, quando me abraças…
Quando me abraças já não há anjos no céu, porque sou eu na Terra; já não há diabinhos no inferno, porque sou eu ao teu lado; já não há borboletas a voar, porque sou eu que voo nos teus braços; já não há raios de sol, porque o meu coração brilha mais que tudo; já não há palavras que possam explicar, porque o que é bom é repetir…
Ai se houvesse palavras para descrever como me fazes feliz…
São estes pensamentos que nos fazem sorrir. É a recordá-los que os nossos problemas se transformam em insignificantes obstáculos, são estes que nos fazem valorizar ainda mais o que temos de bom.
Mas não basta recordar apenas, é essencial dar as mãos, apertá-las com muita força e olhar na mesma direcção, com muita força e confiança tudo se resolve. Caminhando lado a lado.
O amor é a cura para todas as feridas, feliz daquele que o encontra, mas feliz ainda mais daquele que o sabe dar e receber.